O Grupo de AA Nova Esperança de Cachoeira
O Alcoolismo é uma doença e não tem cura, mas tem tratamento.
Aconteceu no Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB no dia 15 de dezembro do ano de 2009 uma palestra sobre o grupo Alcoólicos Anônimos da cidade da Cachoeira. O coordenador, Valter Silva, usou o tempo da aula do professor Carlos Ribeiro para falar aos estudantes do segundo semestre do curso de comunicação sobre a doença e o grupo de nome Nova esperança de A.A. de Cachoeira.
Valter Silva nasceu em Cachoeira em 1931 e é fotógrafo. Também foi usuário do álcool e do cigarro chegando a fumar duas carteiras por dia. Com muita força de vontade – como relata em entrevista – ele largou o cigarro há 49 anos e o álcool há 20. Tem três filhos e está à frente do grupo de AA de Cachoeira.
Segundo o palestrante, o álcool foi a primeira droga difundida. E com a grande divulgação pelos meios de comunicação de massa o consumo ficou ainda maior. O alcoolismo, que segundo esse grupo tem a definição de “doença incurável, progressiva, reflexiva, espiritual, física, mental e de determinação fatal” é a segunda doença que mais mata no mundo, mas antes de matar, desmoraliza o indivíduo. E causa dependência, desenvolvendo assim a doença. Em virtude do problema em discussão, em 1935, nos Estados Unidos em Oregon, foi fundado o Grupo dos Alcoólicos Anônimos.
“O AA funciona como um hospital e uma escola” diz o entrevistado. Para fazer parte desse grupo não é necessário pagar uma mensalidade, pois ele é auto-suficiente e se sustenta com as colaborações dos membros. Mas é preciso principalmente assumir que está doente e que precisa de ajuda.
O indivíduo começa a beber por vários motivos. Seja como um incentivo pessoal – nas palavras do palestrante – ou por simples influência dos amigos. Valter salienta que o AA não condena quem vende e nem quem consome a bebida alcoólica, mas desde quando saiba o momento de parar. Perguntamos quando uma pessoa pode se considerar um alcoólatra, ele respondeu que é quando se perde o controle de si. O alcoólatra perde a noção da quantidade de álcool que o organismo suporta e só para de beber depois da total embriaguez.
O que está faltando – segundo o palestrante – é uma maior orientação na imprensa por parte do governo. Além de fazer as propagandas, é preciso que o governo mostre que se trata de uma droga – quando consumida de forma imprópria – e suas conseqüências. Uma das ações já executadas pelo governo, tendo em vista o combate do alcoolismo foi a “Lei Seca”, como é conhecida aqui no Brasil, aprovada em 19 de julho de 2008, que proíbe o consumo da quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro para quem estiver dirigindo no momento.
O alcoolismo é uma doença e não tem cura, assim como a diabete. Mas pode ser tratada, dependendo apenas da força de vontade do doente em ser ajudado. É nesse momento que o AA entra, como um apoio onde ele pode ajudar e ser ajudado através de depoimentos e desejo de estar bem.
O grupo Nova Esperança de AA de Cachoeira, foi fundado há mais de vinte anos e hoje conta com a participação de mais ou menos 12 pessoas que freqüentam as reuniões todos os domingos.
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