terça-feira, 10 de novembro de 2009


Surgiu então um instrumento ímpar...


Todo o mundo hoje tem uma televisão em casa. Se não uma, duas ou três. Virou cultura brasileira, e até mundial sentar no sofá da sala de estar para ver a novela das oito – que nunca começa as oito, detalhe – ou o noticiário que os deixariam informados a cerca de sua região, país e até do mundo.
Com o passar do tempo, foram-se criando outras emissoras de televisão para dando mais opção ao telespectador. Várias em canal aberto e ainda as contratadas por assinatura. Dessa forma, quando uma programação, de uma emissora não agradava, era só levantar e apertar o botãozinho de mudar. Mas este era o problema: levantar!
Era tão difícil ter coragem para levantar, que preferiam – creio eu – assistir a programação que estava só para não se incomodar, ou assistir à televisão no volume baixo, até que alguém passasse pela frente para fazer o favor de apertar o tal botãozinho.
Até que surgiu um instrumento ímpar. Ele era como uma extensão da televisão e podia ficar aonde você colocasse e sem ocupar muito espaço. Para a alegria dos sedentários – digo, dos práticos – não era mais necessário se levantar da sua confortável poltrona para mudar o canal ou baixar o volume da televisão quando fosse atender o telefone: surgia então o Controle Remoto!
Incrível como um aparelhinho meio estranho, um pouquinho maior do que a palma da nossa mão pode ter tanta utilidade... se antes a gente precisava ficar se levantando para ligar, desligar ou mexer em qualquer outra função da televisão tínhamos que ficar nos deslocando, com o advento dessa maravilhosa ferramenta tudo ficou mais fácil.
E mais, não funciona somente com a televisão não. Pode-se controlar também o rádio e muitos outros aparelhos eletrônicos. Existem ainda alguns que são chamados de “universais”: controlam tudo a que forem submetidos... É só apontar para um determinado aparelho a uma pequena distância, e pronto: como em um passe de mágica o aparelho está ligado!
Controle Remoto: Grande invenção!

sábado, 7 de novembro de 2009

Mulher Guerreira


Juliêta Rezende Costa. Este é o nome da mulher que teve a coragem de ser a primeira “cobaia” entrevistada da turma do primeiro semestre de jornalismo da UFRB. Chegou já sabendo o que iria fazer, sentou-se, e iniciou a conversa lendo uma mensagem que retratava o seu jeito de ser enquanto mãe. Mensagem essa que falava da satisfação que sentia em relação a seus filhos.


Mostrava-se uma pessoa muito solidária e em função disso, fundou o Lar da Solidariedade da ABM (Associação Beneficente Mangabeirense), uma instituição que visa ajudar os menos favorecidos financeiramente distribuindo às mais de quarenta famílias cadastradas, roupas e calçados, provenientes de doações e o feijão e o sopão adquiridos a partir de doações governamentais.

A sua origem humilde e a alegria que os olhos dos beneficiários exalavam, lhe serviram de motivação para fundar esta associação. Além das distribuições, a Associação ainda dispões de atividades para senhoras (artesanato) e para crianças e adolescentes (capoeira).
Em pleno século XXI, dona Júlia (como gosta de ser chamada) ainda sofre preconceito por sua posição na sociedade. Diretora da APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais), ela segue o seu caminho enfrentando todos esses tipos de preconceito. Diz que ainda é difícil ser mulher e trabalhar fora, não só por ser mulher, mas também por ser mãe solteira, negra e sem título universitário. O fato de trabalhar fora interfere na sua vida pessoal, uma vez que lhe é difícil conciliar família x trabalho, mas com um pouco de tolerância se tem uma harmonia. Em virtude disso, entre outros motivos, veio o fim de seu relacionamento com Gildásio Souza Costa, passando então a fazer o papel de pai e mãe dentro de casa pelo fato de o “pai” não estar mais morando com a família.
Em relação à força da mulher, foi-lhe perguntado se uma candidata, pelo simples fato de ser mulher, tinha mais chance de se eleger, ao que foi respondido pela tal, que todos temos as mesmas chances, e que o fato de ser mulher não lhe garantiria maiores poderes, tendo em vista que homem e mulher possui o mesmo QI, segundo a entrevistada.
Percebia-se pelo jeito de se vestir e se portar o seu comportamento religioso. Trazia um crucifixo no busto, o que simbolizava sua fé católica. Participa ainda de um movimento da igreja, a Renovação Carismática. Baseada nesta fé, ela se posiciona contra o aborto e contra o homossexualismo, uma vez que afirma que Deus criou o homem e a mulher para unirem-se e procriar, o que não seria possível com dois seres do mesmo sexo, e baseia-se também na bíblia para justificar o seu posicionamento contra o aborto. Ainda em virtude da religião, a entrevistada não procura um novo relacionamento por entender que está em desacordo com as leis de Deus e também pensando na impressão que deixaria aos filhos.
Quando perguntada sobre a sua qualidade mais marcante, ela não hesitou em responder Amizade e o seu maior defeito talvez o autoritarismo, pouca vaidade, falar o que pensa sobre as pessoas... e ainda falou que a sua filha Juliana Rezende Costa, estudante da turma, trazia uma marca sua: a amizade, a alegria que encontra em fazer novos amigos.
Para finalizar a entrevista, o colega Thiago Silva pediu para que a simpática senhora deixasse nos deixasse uma mensagem, e ela finalizou dizendo:

“ Jesus é o caminho a verdade e a vida, sigam-no e serão felizes.”

Determinação, união e alegria na Feira de Economia Solidária de
Oliveira dos Campinhos
Moradores do pacato e acolhedor distrito de Santo Amaro dão show de determinação e beleza ao mostrar os seus produtos na feira de Economia Solidária em Oliveira dos Campinhos

Breve História



A feira de Artesanato de Oliveira dos Campinhos, distrito de Santo Amaro – Mesorregião Metropolitana de Salvador, surgiu em 2001, quando uma das moradoras, Jane Figuerêdo – proprietária do Espaço Cultural e Ecológio Traripe, percebeu o potencial cultural que sua vila possuia e resolveu junto com a sua vizinha, Maria José Mattos, carinhosamente conhecida como Dona Zezé (já falecida), realizar uma feira para socializar os seus produtos e também comercializá-los. Esta acatou a idéia de imediato, pois também era o seu desejo. A partir daí saíram pelas casas dos artesãos locais convidando-os, e conseguiram assim, realizar a primeira Feira de Artesanato de Oliveira dos Campinhos durante três anos seguidos, de  2001 a 2003.
Em 2003 a feira começou a entrar em decadência. Dona Jane se afastou da cidade indo morar em Salvador. Mas, insatisfeita com o rumo que a feira tinha tomado, resolveu reativá-la. E no dia treze de setembro deste ano – dia da padroeira do distrito – aconteceu mais uma edição da feira, agora com um novo formato: “Feira de Economia Solidária”. Participaram desta festa várias cidades circunvizinhas e figuras ilustres do município, a exemplo de Rodrigo Veloso – Secretário de Cultura do município. É a partir daí também que entra mais um agente colaborador: os profissionais da Oficina de Planejamento Turístico (OPTUR) da cidade de Salvador, que Dona Jane conheceu em um congresso de fitoterapia. Um detalhe interessante é que eles não tiveram contato neste evento, e sim mais tarde com a troca de e-mails, eles ajudaram na reestruturação e execução desse novo projeto.
Segundo o turismólogo Cláudio Mendes, que também faz parte da referida Oficina, o interesse pela fiera se deu a partir de uma conversa com dona Jane. Fizeram primeiramente uma triagem pela cidade – Santo Amaro da Purificação – descobrindo o seu grande potencial cultural e turístico, principalmente daquele lugarejo, que conta com obras do século XVIII, alguns até tombado pelo IPHAN a exemplo da Igreja de Nossa Senhora dos Campinhos, que traz em sua História uma lenda bastante interessante sobre a sua construção. Depois fizeram mais duas visitas à cidade, promovendo reuniões com moradores e representantes da prefeitura, de onde saiu o projeto completo com a proposta da Feira de Economia Solidária de Oliveira dos Campinhos.



A feira


No dia 18 de setembro do ano em curso aconteceu a segunda edição desse novo formato da Feira de Economia Solidária de Oliveira dos Campinhos. Dessa vez a feira contou com alguns artesãos e comerciantes da própria cidade. Estes levaram seus produtos, de diversas utilidades para comercializar na Praça Matriz.




 

Enfeites para a sala, cozinha e quarto; bolsas; ímãs de geladeira; panos bordados e pintados e vários outros mimos que deixariam qualquer dona de casa encantada, foram alguns dos produtos que abrilhantaram o evento da comunidade Oliveirense. Tinha também o delicioso beiju feito na hora e um palco com música ambiente e apresentação de bandas locais proporcionando um clima agradável de “dia de domingo”. 





Dona Juliêta Freitas da Silva Mattos é uma das moradoras e artesãs que fazem parte da Feira. Participando há oito anos, ela se diz satisfeita por estar passando um domingo diferente e parabeniza dona Jane e os moradores que se mobilizaram para a realização deste projeto. Fizeram parte também artesãos da cidade vizinha – Feira de Santana – com trabalhos produzidos em casa. Uma vaquinha de pano se destacava naquela mesa cheia de outras manufaturas, chamando bastante atenção por sua beleza.
Nessa edição, a feira não teve tanta força como da última vez. Alguns feirantes atribuem isso à falta de apoio por parte da prefeitura, e outros, por falta de divulgação na própria localidade, já que a OPTUR se encarregou de divulgar pela internet. Cláudio Mendes e  Maria Luiza Rudner - Turismólogos da OPTUR - fazem o máximo para não intervir muito nas idéias para não influenciá-los, já que um dos objetivos é desenvolver a psicologia comunitária, criando assim uma maior união e conseqüente fortalecimento da cultura local.
Organizadores e participantes estão animados para a próxima edição que acontecerá em novembro e já fazem planos. Com ênfase maior para as flores, a próxima Feira já tem até nome: “Iº Festival de Flores de Oliveira dos Campinhos”, que não contará somente com flores, mas com todos os produtos confeccionados na região Recôncavo, e cidades circunvizinhas, evidenciando o grande potencial cultural do Recôncavo Baiano, a exemplo da gastronomia, agricultura e o que mais ocorrer.