quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Zé Dedinho, do desespero à fama instantânea

Um homem vai fazer a poda das palmeiras da praça e fica preso. Depois de resgatado vira celebridade na pequena cidade de Governador Mangabeira - Bahia.



Depois de algumas horas em cima de uma palmeira na praça Castro Alves - Governador Mangabeira - o funcionário da prefeitura conhecido como Zé Dedinho, fica preso e não consegue descer sozinho por falta de equipamentos básicos, que tinham escorregado pela árvore, dificultando a sua descida.
Depois de mais ou menos duas horas em cima da palmeira, Zé Dedinho percebe-se preso e pede ajuda. A prefeitura contratou mais um jardineiro para levar o equipamento que falatava para que Zé pudesse descer. Começava assim um belo ato de heroísmo de mais um cidadão conhecido por Nal do Portão, que juntava muita gente na praça. Todos observavam com apreensão todos os movimentos dos dois: Nal, que lutava contra o tempo para chegar o mais rápido possível e Zé que lutava contra o cansaço e tentava se equilibrar arrancando suspiros desesperados do povo...
Mais um tempinho se passou e Nal conseguiu alcançar os mais ou menos cinquenta metros da palmeira entregando o equipamento ao outro. Na descida foi recebido em meio a aplausos agradecidos de espectaores que esperavam anciosos.
Agora só restava o outro descer para que o desfecho fosse feliz. Mas Zé Dedinho estava muito cansado e demorava muito. Nessa hora chegava o carro que faria o resgate vindo de Cruz das Almas - cidade vizinha - a pedido da prefeita municipal. O carro se aproximou do tronco até que o jardineiro o alcançasse. Quando finalmente conseguiu entrar na cestinha que o traria para baixo, as pessoas na praça vibraram como se tivessem assistindo um gol do Brasil em final de copa do mundo!
O mais novo resgatado, acenava e soltava beijos aproveitando os seus minutos de fama. Assim que desceu foi recebido com abraços. Quando conseguiu se desvincilhar dos braços que o envolviam, correu e caiu de joelhos na Igreja de Nossa Senhora da Conceição - que ja estava aberta para as novenas - e andou até o altar de joelhos, como se tivesse pagando uma promessa.

2 comentários:

  1. adorei a historia ó cidadezinha xeia de cantos e eencantos amos todos vcs de governador mangabeira minha segunda terrra

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  2. Nossa, que furo, hein?

    Muito boa estória Ju, parabéns!

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