sábado, 7 de novembro de 2009


Determinação, união e alegria na Feira de Economia Solidária de
Oliveira dos Campinhos
Moradores do pacato e acolhedor distrito de Santo Amaro dão show de determinação e beleza ao mostrar os seus produtos na feira de Economia Solidária em Oliveira dos Campinhos

Breve História



A feira de Artesanato de Oliveira dos Campinhos, distrito de Santo Amaro – Mesorregião Metropolitana de Salvador, surgiu em 2001, quando uma das moradoras, Jane Figuerêdo – proprietária do Espaço Cultural e Ecológio Traripe, percebeu o potencial cultural que sua vila possuia e resolveu junto com a sua vizinha, Maria José Mattos, carinhosamente conhecida como Dona Zezé (já falecida), realizar uma feira para socializar os seus produtos e também comercializá-los. Esta acatou a idéia de imediato, pois também era o seu desejo. A partir daí saíram pelas casas dos artesãos locais convidando-os, e conseguiram assim, realizar a primeira Feira de Artesanato de Oliveira dos Campinhos durante três anos seguidos, de  2001 a 2003.
Em 2003 a feira começou a entrar em decadência. Dona Jane se afastou da cidade indo morar em Salvador. Mas, insatisfeita com o rumo que a feira tinha tomado, resolveu reativá-la. E no dia treze de setembro deste ano – dia da padroeira do distrito – aconteceu mais uma edição da feira, agora com um novo formato: “Feira de Economia Solidária”. Participaram desta festa várias cidades circunvizinhas e figuras ilustres do município, a exemplo de Rodrigo Veloso – Secretário de Cultura do município. É a partir daí também que entra mais um agente colaborador: os profissionais da Oficina de Planejamento Turístico (OPTUR) da cidade de Salvador, que Dona Jane conheceu em um congresso de fitoterapia. Um detalhe interessante é que eles não tiveram contato neste evento, e sim mais tarde com a troca de e-mails, eles ajudaram na reestruturação e execução desse novo projeto.
Segundo o turismólogo Cláudio Mendes, que também faz parte da referida Oficina, o interesse pela fiera se deu a partir de uma conversa com dona Jane. Fizeram primeiramente uma triagem pela cidade – Santo Amaro da Purificação – descobrindo o seu grande potencial cultural e turístico, principalmente daquele lugarejo, que conta com obras do século XVIII, alguns até tombado pelo IPHAN a exemplo da Igreja de Nossa Senhora dos Campinhos, que traz em sua História uma lenda bastante interessante sobre a sua construção. Depois fizeram mais duas visitas à cidade, promovendo reuniões com moradores e representantes da prefeitura, de onde saiu o projeto completo com a proposta da Feira de Economia Solidária de Oliveira dos Campinhos.



A feira


No dia 18 de setembro do ano em curso aconteceu a segunda edição desse novo formato da Feira de Economia Solidária de Oliveira dos Campinhos. Dessa vez a feira contou com alguns artesãos e comerciantes da própria cidade. Estes levaram seus produtos, de diversas utilidades para comercializar na Praça Matriz.




 

Enfeites para a sala, cozinha e quarto; bolsas; ímãs de geladeira; panos bordados e pintados e vários outros mimos que deixariam qualquer dona de casa encantada, foram alguns dos produtos que abrilhantaram o evento da comunidade Oliveirense. Tinha também o delicioso beiju feito na hora e um palco com música ambiente e apresentação de bandas locais proporcionando um clima agradável de “dia de domingo”. 





Dona Juliêta Freitas da Silva Mattos é uma das moradoras e artesãs que fazem parte da Feira. Participando há oito anos, ela se diz satisfeita por estar passando um domingo diferente e parabeniza dona Jane e os moradores que se mobilizaram para a realização deste projeto. Fizeram parte também artesãos da cidade vizinha – Feira de Santana – com trabalhos produzidos em casa. Uma vaquinha de pano se destacava naquela mesa cheia de outras manufaturas, chamando bastante atenção por sua beleza.
Nessa edição, a feira não teve tanta força como da última vez. Alguns feirantes atribuem isso à falta de apoio por parte da prefeitura, e outros, por falta de divulgação na própria localidade, já que a OPTUR se encarregou de divulgar pela internet. Cláudio Mendes e  Maria Luiza Rudner - Turismólogos da OPTUR - fazem o máximo para não intervir muito nas idéias para não influenciá-los, já que um dos objetivos é desenvolver a psicologia comunitária, criando assim uma maior união e conseqüente fortalecimento da cultura local.
Organizadores e participantes estão animados para a próxima edição que acontecerá em novembro e já fazem planos. Com ênfase maior para as flores, a próxima Feira já tem até nome: “Iº Festival de Flores de Oliveira dos Campinhos”, que não contará somente com flores, mas com todos os produtos confeccionados na região Recôncavo, e cidades circunvizinhas, evidenciando o grande potencial cultural do Recôncavo Baiano, a exemplo da gastronomia, agricultura e o que mais ocorrer.





4 comentários:

  1. Uau hein....Que arraso de matéria...danada de bem feita! Parabéns!

    Bjos, Marília.

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  2. Jully, aproveita e me segue tb...

    ;D

    www.fecheaspas.blogspot.com

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  3. Parabéns Juliana!

    Ficou muito muito boa a reportagem sobre s Feira de Economia Solidária de Oliveira dos Campinhos.

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  4. Eita Jornalista retada! Ficou ótima a reportagem.

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