sábado, 7 de novembro de 2009

Mulher Guerreira


Juliêta Rezende Costa. Este é o nome da mulher que teve a coragem de ser a primeira “cobaia” entrevistada da turma do primeiro semestre de jornalismo da UFRB. Chegou já sabendo o que iria fazer, sentou-se, e iniciou a conversa lendo uma mensagem que retratava o seu jeito de ser enquanto mãe. Mensagem essa que falava da satisfação que sentia em relação a seus filhos.


Mostrava-se uma pessoa muito solidária e em função disso, fundou o Lar da Solidariedade da ABM (Associação Beneficente Mangabeirense), uma instituição que visa ajudar os menos favorecidos financeiramente distribuindo às mais de quarenta famílias cadastradas, roupas e calçados, provenientes de doações e o feijão e o sopão adquiridos a partir de doações governamentais.

A sua origem humilde e a alegria que os olhos dos beneficiários exalavam, lhe serviram de motivação para fundar esta associação. Além das distribuições, a Associação ainda dispões de atividades para senhoras (artesanato) e para crianças e adolescentes (capoeira).
Em pleno século XXI, dona Júlia (como gosta de ser chamada) ainda sofre preconceito por sua posição na sociedade. Diretora da APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais), ela segue o seu caminho enfrentando todos esses tipos de preconceito. Diz que ainda é difícil ser mulher e trabalhar fora, não só por ser mulher, mas também por ser mãe solteira, negra e sem título universitário. O fato de trabalhar fora interfere na sua vida pessoal, uma vez que lhe é difícil conciliar família x trabalho, mas com um pouco de tolerância se tem uma harmonia. Em virtude disso, entre outros motivos, veio o fim de seu relacionamento com Gildásio Souza Costa, passando então a fazer o papel de pai e mãe dentro de casa pelo fato de o “pai” não estar mais morando com a família.
Em relação à força da mulher, foi-lhe perguntado se uma candidata, pelo simples fato de ser mulher, tinha mais chance de se eleger, ao que foi respondido pela tal, que todos temos as mesmas chances, e que o fato de ser mulher não lhe garantiria maiores poderes, tendo em vista que homem e mulher possui o mesmo QI, segundo a entrevistada.
Percebia-se pelo jeito de se vestir e se portar o seu comportamento religioso. Trazia um crucifixo no busto, o que simbolizava sua fé católica. Participa ainda de um movimento da igreja, a Renovação Carismática. Baseada nesta fé, ela se posiciona contra o aborto e contra o homossexualismo, uma vez que afirma que Deus criou o homem e a mulher para unirem-se e procriar, o que não seria possível com dois seres do mesmo sexo, e baseia-se também na bíblia para justificar o seu posicionamento contra o aborto. Ainda em virtude da religião, a entrevistada não procura um novo relacionamento por entender que está em desacordo com as leis de Deus e também pensando na impressão que deixaria aos filhos.
Quando perguntada sobre a sua qualidade mais marcante, ela não hesitou em responder Amizade e o seu maior defeito talvez o autoritarismo, pouca vaidade, falar o que pensa sobre as pessoas... e ainda falou que a sua filha Juliana Rezende Costa, estudante da turma, trazia uma marca sua: a amizade, a alegria que encontra em fazer novos amigos.
Para finalizar a entrevista, o colega Thiago Silva pediu para que a simpática senhora deixasse nos deixasse uma mensagem, e ela finalizou dizendo:

“ Jesus é o caminho a verdade e a vida, sigam-no e serão felizes.”

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